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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Vitória na força e no fim, como pede a tradição

Foi sofrido, suado e cheio de sustos, mas, no fim – e como pede a tradição –, foi mesmo a Alemanha que saiu vencedora.

Fonte e foto: FIFA.com/© Getty Images

Contra uma Argélia que teve outra grande atuação no Brasil, a Mannschaft superou um início complicado, acelerou na prorrogação e garantiu a apertada vitória por 2 a 1 para manter seu grande aproveitamento em oitavas de final: agora são oito vitórias seguidas nesta fase, desde 1986, um número que apenas comprova a força da tricampeã mundial.

Com mais físico nos minutos finais do jogo e do tempo extra, quando definiu o triunfo, a Alemanha passou às quartas, mas seu favoritismo será menos evidente contra uma embalada França, no Maracanã. Para a Argélia, que chegou até a sonhar em reviver a heroica vitória de 1982, a derrota no fim acabou sendo dura demais, algo que, por outro lado, não tirou o brilho de sua melhor campanha em Mundiais.

No Beira-Rio, o jogo envolvia duas seleções com históricos opostos. O que se viu, porém, foi um duelo bem mais equilibrado do que muitos esperavam, com a Alemanha até dominando o meio de campo no início, mas sofrendo com os rápidos contra-ataques argelinos. E a oposição de táticas acabou favorecendo os africanos no primeiro tempo.

Nos 15 minutos iniciais, por exemplo, os comandados de Vahid Halilhodzic chegaram com perigo em ao menos quatro oportunidades: com Feghouli, Ghoulam e, sobretudo, Slimani, que até marcou, mas em posição de impedimento.

Com a defesa enfrentando dificuldades – e com Neuer se tornando quase um líbero do time e saindo diversas vezes da área para cortar lançamentos –, a Alemanha demorou para reagir e só foi aparecer a partir dos 35 minutos, primeiro em cabeçada de Thomas Müller e depois em belo chute de Kroos e no rebote de Götze, que o goleirão Mbolhi, Craque do Jogo Budweiser, defendeu com coragem.

A surpreendente atuação da Argélia na etapa fez com que Joachim Löw voltasse ao segundo tempo com mudanças. Schürrle entrou no lugar do apagado Götze e deu mais velocidade ao time, criando duas chances perigosas em suas primeiras arrancadas. Com o avanço dos alemães, os argelinos voltaram a se fechar, mas ainda assustavam em contra-ataques – obrigando Neuer a boas defesas e outras saídas arrojadas.

Mas a garra argelina esbarraria no físico alemão e não impediria que os últimos minutos do tempo regulamentar fossem dos europeus: Müller, até então isolado no ataque, apareceu em duas jogadas seguidas antes do fim do tempo regulamentar, cruzando para cabeçada de Schweinsteiger, e depois saltando sozinho, com estilo, mas parando em um inspirado Mbolhi.

E apareceria também logo no comecinho da prorrogação, desta vez para ser decisivo: em boa jogada pela esquerda, ele cruzou para Schürrle completar com estilo, de calcanhar, e vencer Mbolhi pela primeira vez. Pouco depois, Özil marcaria o segundo, mas a Alemanha ainda veria os argelinos reagirem e marcarem o de honra, com Djabou. Já era tarde, porém. Como manda a tradição, no fim foi mesmo a Alemanha quem se saiu melhor.


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