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quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Em busca do inédito título mundial, Cátia Oliveira aposta em fortalecimento do trabalho mental

Sem descuidar da técnica, mesa-tenista paulista trabalha forte o lado psicológico para enfim conquistar sua primeira medalha de ouro no Campeonato Mundial Paralímpico.

Cátia Oliveira busca título Campeonato Mundial Paralímpico Tênis de Mesa Foto Gustavo Medeiros
Cátia Oliveira foi vice-campeã mundial em 2018.
Colaboração de texto: Nelson Ayres/CBTM
Colaboração de foto: Gustavo Medeiros/CBTM
 
Uma mente sã, em busca do desempenho de excelência. É desta forma que a mesa-tenista Cátia Oliveira trabalha para conquistar uma inédita medalha de ouro em Campeonato Mundial Paralímpico. Se na Eslovênia, em 2018, a prata deixou aquela sensação de poder mais, na espanhola Granada, de 6 e 12 de novembro, a paulista de Cerqueira César espera alcançar um degrau acima no pódio. E se preparou com afinco para isso.
 
“Sempre digo que a diferença do primeiro mundo para o segundo é a cabeça, porque se você parar para pensar, o nível é igual e o que dá o diferencial é a parte mental”, analisou Cátia. “Se eu estiver com a cabeça tranquila, vou conseguir dar o meu melhor na mesa. Por isso hoje tenho duas psicólogas que me acompanham, uma direcionada a área do esporte e uma para a área pessoal”, informou a atleta da classe 2, destinada a cadeirantes.
 
Cadeira de rodas a qual foi condicionada em 2007, após sofrer um acidente automobilístico. Jogadora de futebol na época, Cátia seria convocada para a Seleção Brasileira sub-17 naquele fatídico dia, tendo o seu sonho interrompido de forma abrupta. Mas se reencontrou no tênis de mesa. Com ele renasceu e realizou o sonho de defender o Brasil em competições internacionais. De lá para cá, acumula medalhas importantes como o bronze nos Jogos Paralímpicos de Tóquio (2021) e a prata no Campeonato Mundial Paralímpico (2018).
 
Por isso, na avaliação da mesa-tenista, trabalhar a parte mental é essencial e um importante diferencial. “Às vezes as pessoas acham que a gente tem que trabalhar só na mesa, a parte física. Mas não, a parte mental é o que diferencia”, comentou. Por este motivo, aliada à evolução técnica, a brasileira investiu fortemente na evolução como pessoa. “Muita coisa mudou de 2018 para cá. Estou muito mais madura, conheci muito mais a Cátia. Aquela menina hoje é uma grande mulher, evoluída”, enalteceu.
 
Cátia relembra que na Eslovênia seu foco era jogar, aproveitar ao máximo o seu primeiro mundial defendendo o país, enquanto agora seus objetivos aumentaram. “Quero ser campeã mundial, deixar o vice para trás, crescer cada vez mais como atleta e evoluir muito como pessoa”, informou. “Eu quero e vou buscar. Estou trabalhando bastante para conseguir trazer esse ouro”, acrescentou determinada. A confiança também vem do fato de ter vencido por ao menos uma vez todas as atletas que terá pela frente na Espanha.
 
Porém, mente sã à parte, um pouquinho de superstição não faz mal a ninguém. E assim como é praxe para todos esportistas, Cátia mantém o seu ritual pré-jogo, mesmo com todas as mudanças pessoais. “Eu sempre faço os meus rituais, tentando melhorando cada vez mais”, confessou. “Escuto o meu pagodinho, as minhas músicas de concentração e faço visualizações, para chegar no meu melhor”, concluiu a atleta, que encontrou no tênis de mesa mais que um recomeço, uma nova paixão.
 

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