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sábado, 14 de agosto de 2021

Bruna Alexandre está pronta para o desafio dos Jogos

Em ótima forma física, busca por vitória histórica e nova medalha, atual número 4 do mundo, acredita que vive auge técnico e físico como atleta e tem a meta de superar lenda paralímpica Natalia Partyka para ficar com ouro.

Bruna Alexandre treina em Hamamatsu para os Jogos.
Colaboração de texto e foto: CBMT
Foto: Ale Cabral/CPB
 
Medalhista de bronze no individual e por equipes na Rio 2016, Bruna Alexandre tem bons motivos para pensar que fará ainda melhor nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020, com início previsto para o próximo dia 24. A atleta, atual número 4 do mundo na classe 10, acredita que está no seu auge físico e técnico. Ela sonha com novo pódio, tem a meta de derrotar uma adversária histórica – Natalia Partyka, polonesa, que se destaca também no esporte olímpico – e mostra confiança em uma grande Paralimpíada.
 
Bruna não teve um início de ciclo bom. Ganhou muito peso e teve frustrações nas mesas. Deu a volta por cima e chegou a ser cotada até para uma vaga na equipe olímpica. Por conta do grande momento, já imagina como seria conquistar uma medalha paralímpica novamente. “Se acontecer, vou me emocionar de novo. Todos nós temos uma história na nossa vida. Desde 2016, eu tive de me superar, tive de passar por bastante dificuldade, principalmente, na parte física. Acredito que eu possa me emocionar muito”, admite a mesa-tenista, que acredita estar muito bem para a competição. “Eu chego bem confiante para Tóquio, eu sinto que estou na minha melhor fase física e tecnicamente. O principal é saber confiar no trabalho realizado para se sentir segura jogando”.
 
Para alcançar o ápice à mesa, Bruna teve de passar por algumas frustrações. A principal delas foi a eliminação nas quartas de final do Mundial da Eslovênia, em 2018. “Todos os atletas têm momentos difíceis na carreira, o meu foi no Mundial de 2018. Eu vi que precisava mudar o meu jeito de pensar em tudo. O momento que senti a dor da derrota me fez aprender e me fez querer melhorar para voltar a ser a Bruna de antes”, afirmou a medalhista da Rio 2016.
 
A partir da derrota na Eslovênia, ela mudou totalmente os hábitos alimentares e o cuidado com a parte física. Para ela, essa alteração de rotina e o início dos treinos no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP), a fez se tornar uma atleta completa atualmente. “Quando fui para o CT Paralímpico, eu aprendi muitas coisas novas. Tive de mudar física e tecnicamente. Hoje eu sou uma atleta completa. A derrota no Mundial me fez crescer bastante. Há dois anos que eu me cuido bastante. Inclusive trouxe a minha balança para o Japão”, brincou a catarinense, que treina em Hamamatsu, base de aclimatação brasileira.
 
Meta de derrotar Natalia Partyka
 
A principal rival de Bruna Alexandre na busca pela medalha de ouro da classe 10 é, sem dúvida, a polonesa Natalia Partyka, que sobe ao lugar mais alto do pódio da categoria desde os Jogos Paralímpicos de 2004, em Atenas, na Grécia, e se destaca também nos Jogos Olímpicos. “Eu penso em derrotar a Natalia, eu vou em busca do ouro. Eu estou na minha melhor fase e eu consegui evoluir bastante nos últimos anos. Acho que quem derrotá-la terá a maior conquista da carreira. Há muitos anos que ela só está vencendo e quem tirá-la vai ser maior resultado da história de um mesa-tenista”, opinou.
 
Além da polonesa, Bruna ainda fez uma avaliação do que encontrará pela frente no caminho do pódio da classe 10. “Do Rio para cá, a minha classe mudou bastante, há muitas jogadoras no Top 6 que são do mesmo nível, até as que estão abaixo no ranking podem surpreender. Não tem muito favoritismo em Paralimpíada, todas podem vencer”, avaliou.
 
Por conta da pandemia, muitas atletas não competem há muito tempo e, por isso, é mais complicado avaliar como as adversárias estão para o campeonato. Porém, para Bruna, os treinamentos e o suporte que teve da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) serão imprescindíveis para superar esse obstáculo. “Faz diferença você saber como os seus adversários estão, mas, se você estiver trabalhando bem diariamente você consegue contornar isso. A CBTM e o CPB deram os melhores sparrings para treinarmos no Centro Paralímpico e, por isso, acredito que a gente não tem de pensar negativo e reclamar se houve campeonatos ou não. Nós tivemos o melhor suporte possível. Estou muito satisfeita com o trabalho que fizemos”, elogiou.
 

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