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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Baiano e paulista leva título da Cape to Rio, maior regata do Hemisfério Sul

A dupla de velejadores, Leo Chicourel , de Salvador e José Guilherme Mendes, de Ilhabela, em São Paulo, conquistou o título da famosa Regata Cape to Rio, Cidade do Cabo (África do Sul) - Rio de Janeiro.

Dupla conquistou Regata após 17 dias de disputa acirrada.
Colaboração de texto: Fabrizzio Gallas/GallasPress
Colaboração de foto: Alec Smith/Cape to Rio

Leo Chicourel, natural de Salvador (BA), do Aratu Iate Clube, que se radicou há um ano em Ilhabela (SP), e José Guilherme Mendes, de Ilhabela (SP), ficaram 17 dias no mar (mais de 3.700 milhas náuticas navegadas) e completaram em primeiro lugar na classe de monocascos no barco Mussulo - Angola Cables deixando o sul-africano Ballyhoo Too e o barco do Rio de Janeiro, Saravah, em terceiro lugar.

A disputa dos monocascos teve 17 barcos da Alemanha, Itália, Argentina, Angola e Austrália. Foi a segunda participação da dupla na regata que acontece em média a cada três anos. Em 2017 ficaram em quarto no geral, mas bateram o recorde de tempo nos barcos em dupla. “Sensação é muito boa, tanto eu quanto o Zé estamos muito felizes. Felizes primeiro por ter feito uma regata muito boa e a consequência foi a vitória. Disputamos com grandes barcos como o alemão Haspa Hamburg (4º lugar), o Saravah, o Zulu (5º) dos sul-africanos que vieram muito bem, tiveram problema à bordo, sem energia. Ballyhoo (terminou em 2º).
Velejadores de alto nível e só fazem engrandecer o nosso título. Muito honrado com essa conquista”, disse Leo.

Leo e Zé Guilherme.
O baiano contou os detalhes da regata onde ficaram 12 horas com uma vela rasgada diante de fortes ventos: “Difícil da estratégia, muitas mudanças. Normalmente se larga com vento forte na Cidade do Cabo e ao longo dela precisa contornar alta pressão mais pra norte ou sul, basicamente vento a favor variando 10 a 20 nós. Esse ano foi bem diferente, essa alta pressão estava fragmentada, difícil prever o que ia acontecer. Aqui no Brasil tivemos a baixa pressão do ciclone Curumim, 40 a 50 nós, fica muito próximo de ter uma quebra. Passamos bem, mas tivemos alguns problemas rasgamos uma vela importante no barco, ficou presa quase 12h os fragmentos dela, só conseguimos tirar quando o dia clareou e o vento baixou, no 5º ou 6º dia. Mas deu tudo certo”.

Leo e Zé têm costume de velejar em dupla. Além da Cape to Rio em 2017 onde bateram o recorde de tempo velejando em dupla, mas no geral terminaram em quarto lugar, participaram de outras competições como Charleston-Portland, nos Estados Unidos: “Quando temos um problema para resolver os dois precisam estar unidos e acaba que gasta mais energia de ambos, dormir é mais complicado, são poucas horas, mas uma tripulação em dupla é mais fácil de  gerir do que uma grande. E o barco Classe 40 é próprio para duplas ou navegação solitária”. 

Na classe multicascos, o Love Water, da África do Sul, foi o campeão, concluindo o percurso em mais de sete dias, deixando o italiano Maserati em segundo lugar.

A Cape Town to Rio começou em 1971 e é disputada em média a cada três anos. A distância média é de 3.600 milhas náuticas com largada do Royal Cape Yacht Club com chegada no Iate Clube do Rio de Janeiro que completa seu centenário em 2020.

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