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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Seleção recebida com protestos

Na apresentação para a Copa do Mundo, os jogadores da seleção brasileira tiveram que driblar protestos. Primeiro no ponto de encontro definido pela CBF, em um hotel próximo ao aeroporto Galeão, no Rio e, depois, na chegada à Granja Comary, onde a equipe ficará concentrada, em Teresópolis.


Da redação
Foto: CBF

Em uma das ruas em que o ônibus da seleção brasileira passou para chegar à Granja, as 12h, professores estaduais do Rio e militantes do PSTU, PSOL e PCB protestavam. Reivindicavam melhores salários no sistema público de educação e casas para desabrigados das enchentes de 2011 em Teresópolis.

Havia cerca de 100 pessoas na rua, a maioria formada por curiosos. "Brasil, vamos acordar, o professor ganha menos que o Neymar", manifestantes pouco antes de o ônibus da seleção passar por eles. Perto dali, um grupo apoiava a equipe. Havia também um carro de som com uma música exaltando a seleção e dizendo que a Fifa e a CBF são elite.

A CBF já esperava algum tipo de protesto durante esse evento. A Polícia Militar preparou um forte esquema de segurança. Os manifestantes fecharam a avenida pela qual o ônibus com todos os jogadores da seleção iria passar, mas um caminho alternativo serviu como rota de fuga e eles conseguiram seguir até Teresópolis.

Antes disso o ônibus teve dificuldade para deixar o hotel. Manifestantes revoltados entraram na frente do veículo, xingaram os jogadores e colaram adesivos de protesto na lataria. Só com a intervenção da tropa de choque e de mais de 70 policiais é que o caminho foi aberto.

"Não vai ter Copa", "Da Copa eu abro mão, quero mais dinheiro pra saúde e educação" e "Sai da frente que a educação é chapa quente" eram os gritos mais ouvidos pelos professores. E sobrou até para o camisa 10 da seleção: "Pode acreditar, educador vale mais do que o Neymar".

Após a saída da delegação da seleção do hotel, os manifestantes se dirigiram até o aeroporto e invadiram o saguão do local com faixas e bandeiras para continuar o movimento.

Entre outras reivindicações, os professores pedem 20% de aumento, equiparação salarial e diminuição na carga horária dos funcionários administrativos.

"Vimos aqui pra mostrar a contradição. O país que está se mobilizando para a Copa, mas apresenta vários problemas na educação. Problemas de estrutura e de condições de trabalho, além do baixo salário. Queremos chamar a atenção, mas eles parecem mais preocupados com a Copa", disse Vera Nepomuceno, diretora do sindicato do professores.


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