Faltando
pouco mais de dois anos para a realização das Olimpíadas no Brasil e já se
começa a discussão sobre a preparação dos atletas brasileiros que vão
participar, como também sobre o legado, que foi a maior justificativa para a
realização do grandioso evento esportivo internacional.
Esportes não Olímpicos sofrem com falta de patrocínio. |
Fotos:
Gabriela Simões
Por:
Miguel Brusell
Se
as coisas não saíram conforme o combinado para o esportes olímpicos, a situação
é muito mais grave para os esportes que não vão participar das olimpíadas. A
falta de patrocínio e apoio deixará como legado um vácuo de eventos e,
consequentemente, atletas e ídolos, peças fundamentais para a engrenagem que
move novos praticantes para a procura das atividades esportivas.
Por
falta de apoio e patrocínio, a Federação Baiana de Jiu Jitsu (FBJJ) não
realizará o Bahia Open, evento internacional da modalidade, que estava marcado
para o dia 24 de Novembro."Um evento internacional requer recursos.
Resolvemos não realizar, este ano, para evitar que o evento seja mal
organizado, com falhas que prejudicariam a imagem do esporte. Entramos em
contato com a Confederação Brasileira e adiamos para Maio de 2014, a realização
de um grande evento internacional, que pode ser o Bahia Open, um Sulamericano
ou Panamericano", revela o sensei Ricardo Carvalho, presidente da FBJJ.
O sensei Rivardo Carvalho. |
O
sensei acredita que a dificuldade para arranjar patrocínio se tornou maior para
os esportes que não são Olímpicos. "Ficamos em segundo plano e isto deve
ser observado pelas grandes empresas. Mesmo não sendo Olímpico, o esporte traz
muito benefício não só para os atletas como também para a sociedade. O esporte
é saúde, é vida e se você tiver apoio, tem uma sociedade saudável, uma
sociedade melhor", acredita.
Surf frita o porco na própria
banha
Situação
semelhante vive o surf, que já viveu anos dourados e enfrenta, atualmente, uma
das piores crises nos seus mais de 40 anos de prática nos diversos picos
baianos. Apesar de ter um evento internacional, que este ano foi disputado no
balneário de Itacaré, no sul do estado, a Federação Baiana de Surf encontrou
muitas dificuldades para a realização do circuito de eventos que define os
campeões profissionais e amadores do Estado.
"Só
conseguimos definir o campeão estadual profissional utilizando a estrutura do
Campeonato Internacional, que foi realizado recentemente, em Itacaré. Para
definir os campeões amadores, neste final de semana, na Ilha de Itaparica,
teremos que utilizar o que sobrou como fundo de caixa da FBSurf das inscrições
do evento de Itacaré", revela o presidente da entidade, Armando Daltro.
O mercado sofre uma paralisia causada pela crise. |
Segundo
o jornalista, o mercado sofre uma paralisia causada pela crise. "Parece que
todos empresários adotaram o corte de gastos como forma de sobreviver à
crise". E é exatamente aí que mora o problema. O empresário brasileiro não
enxerga o patrocínio de eventos como um investimento, uma forma de fomentar o
esporte, enfrentando a crise de frente e, sim, como um gasto que deve ser feito
quando a empresa está bem financeiramente.
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