Em dois meses no arquipélago, Heloy Junior ganhou destaque internacional por suas performances em ondas de mais de 10 metros e concorre a famoso prêmio, na categoria “maior caldo”.
Colaboração de texto: Yordan Bosco
Colaboração de foto: Lucios Gaudenzi
Quem retornou a Salvador neste final de semana foi o surfista e biólogo Heloy Júnior, 27 anos. O baiano, patrocinado pela surfwear RADICAL WAVE, foi notícia em toda a imprensa especializada brasileira e em sites internacionais por ter se destacado na temporada de ondas grandes no Hawaii, sobretudo por se tratar de sua primeira visita ao país.
Heloy protagonizou momentos incríveis e durante os dois meses que passou no paraíso dos surfistas se atirou em ondas de 10 metros , que muitos atletas experientes de todo mundo jamais se arriscaram. Ele e outro baiano, Lapinho Coutinho, 19, foram considerados as maiores revelações brasileiras da temporada.
A dupla esteve todo o tempo ao lado dos experientes conterrâneos Danilo Couto, Yuri Soledade e Márcio Freire, feras consagradas do esporte em todo o planeta, quando o assunto é surf em ondas grandes.
Prêmio por maior ‘vaca’ - Além de chamar a atenção por despencar, com sucesso, em verdadeiros montanhas de massa d’água, Heloy concorre a um famoso prêmio internacional (o Billabong XXL Global Big Wave Awards) por protagonizar uma ‘ vaca’ (queda) insana, na onda de Jaws. Ele encarou um caldo sinistro e está com a imagem inscrita para disputa do prêmio, na categoria Verizon Wipeout. Ele teve as imagens gravadas em vídeo por Giora Koren.
Apesar das poucas experiências internacionais em ondas grandes, o baiano, que coleciona um título estadual profissional, se comportou como um veterano e experiente surfista. Mostrou tranqüilidade, perspicácia e, acima de tudo, muita técnica e coragem.
“Foi uma experiência sensacional. Peguei altas ondas, mas também senti o peso nas costas. Tudo aconteceu bem como eu pensava, mas a natureza não é nada fácil, muito menos ali, no meio de uma avalanche”, comenta. “Pude conhecer vários big riders (surfistas de ondas grandes), aprender, observar e escutar os mais experientes. Foi muito importante, um momento de reflexão”, explica.
Além das ondas, Heloy voltou do Hawaii encantado com a diversidade da cultura local e as amizades que fez. “Fiquei feliz também em conhecer os primeiros caras que representaram a Bahia e o Brasil no Hawaii, a exemplo de Paulo Magulu. Fiquei hospedado na casa dele, em Maui. Sempre ouvi falar nele. Meu pai era seu amigo na Bahia e comentava que pegavam altas ondas juntos”, diz.
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