Uma
Pizza, de desagradável sabor para uns e deliciosa para outros, foi servida pelo Tribunal
de Justiça Desportiva do Futebol da Bahia (TJD-BA) nesta terça (27), à todos que compareceram ao
julgamento do BaVi que não acabou, realizado no dia 18 de fevereiro.
Os auditores transformara o TJD numa pizzaria de gosto duvidoso. |
Por:
Miguel Brusell
Fotos:
Gabriela Simões
Entre os que adoraram o sabor da pizza e saíram comemorando e se abraçando estavam o técnico Wagner Mancinci e o supervisor Mário Silva, do Vitória, que se livraram da acusação de ter interrompido o BaVi propositalmente livrando, também, o Vitória da exclusão do Campeonato e do Rebaixamento pedido pelo promotor.
O Tribunal fechou os olhos para os acontecimentos que o mundo inteiro viu. Ainda no início do julgamento, decidiu que o Bahia não era parte interessada no resultado final, dispensando o testemunho da perita criminal, que fez uma leitura labial do que Mancini teria falado para o zagueiro Ramon, no início da sequencia de atos que terminou com a expulsão do zagueiro Bruno.
A plateia assistiu incrédula a decisão da corte. |
Sem
o testemunho da perita, por unanimidade, os auditores não identificaram que o
técnico Vagner Mancini e o supervisor Mário Silva ordenaram que o time forçasse
a expulsão do zagueiro Bruno Bispo. Assim sendo, o TJD também não identificou culpa por parte do zagueiro
Bruno Bispo e do atacante André Lima.
Neste momento, acontece a mágica do Tribunal. Apesar de absorver Mancicni e Silva, condenou o Vitória a pagar uma multa de R$ 100 mil, por ter dado motivo à interrupção da partida. O relator do caso, Maurício Saporito, pediu uma multa de R$ 100 mil contra o Vitória. O auditor Silvio Quadros Mercês votou a favor de uma multa contra o clube, além da exclusão do Campeonato Baiano. Marcos Melo defendeu que o Vitória não deveria ser rebaixado, sendo absolvido das acusações e do pagamento de multa. A decisão final ficou Jayme Barreiros, que condenou o clube a multa de R$ 100 mil.
Já para os brigões, as penas foram mais duras, para parecer que o Tribunal fez justiça. Pelo lado do Vitória, o zagueiro
Kanu foi condenado, pela maioria do tribunal, por agressão e está suspenso por
10 jogos, já pela denúncia de ameaça, ele foi absolvido, por 2 votos a 1. Por
unanimidade, o meio-campista Yago, o meia-atacante Rhayner e o atacante
Denílson foram condenados por agressão e não jogarão por oito partidas.
No
lado do Bahia, o volante Edson foi condenado, por 3 a 1, pela denúncia de
agressão e ficará suspenso por oito jogos. Por unanimidade o zagueiro Rodrigo
Becão também ficará oito partidas sem jogar, por agressão. O meio-campista
Vinícius foi denunciado por comemorar com gestos obscenos e, por 3 votos a 1, foi
condenado e suspenso por duas partidas.
O
zagueiro Lucas Fonseca, foi absolvido, por unanimidade da acusação por ato
hostil. Também foi absolvido, o goleiro do Vitória, Fernando Miguel. Outros
jogadores do Vitória, os zagueiros Ramon e Bruno Bispo e o atacante André Lima,
denunciados por ferir a ética disciplinar e por suspender o jogo, foram
absolvidos. Sendo
que Bispo recebeu três votos a favor da absolvição, enquanto a decisão para os
outros dois foi unânime.
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