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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Medina perde e decisão do mundial será em Pipe

Mesmo também derrotado na terceira fase, Kelly Slater pode ser campeão com vitória no Pipe Masters e outros três podem entrar na briga no Moche Rip Curl Pro.

Colaboração de texto: João Carvalho/ASP South America
Foto: Poullenot/ASP

A busca pelo tão sonhado primeiro título mundial do Brasil foi adiada para a última etapa do Samsung Galaxy ASP World Championship Tour, o Billabong Pipe Masters no templo sagrado do esporte no Havaí. Gabriel Medina não conseguiu achar boas ondas nas difíceis condições do mar no domingo em Supertubos e foi derrotado pelo norte-americano Brett Simpson. Com isso, Kelly Slater já ficava na briga do título com qualquer resultado em Portugal, mas ele não conseguiu diminuir a vantagem do brasileiro porque perdeu o duelo seguinte para o espanhol Aritz Aranburu. Com as eliminações dos líderes do ranking na terceira fase do Moche Rip Curl Pro, o australiano Mick Fanning, o havaiano John John Florence e o taitiano Michel Bourez, podem entrar na disputa do título dependendo dos resultados que conseguirem em Portugal.

Para o atual campeão mundial, Mick Fanning, a condição mínima é chegar nas quartas de final e para isso precisa vencer mais duas baterias em Portugal. O havaiano John John tem que ser finalista para ter chance matemática de superar os atuais 56.550 pontos do Gabriel Medina com uma vitória no Havaí. No domingo, ele arrancou a primeira nota 10 do Moche Rip Curl Pro em Supertubos e pode conseguir isso em Peniche. Já para o taitiano Michel Bourez, só interessa a vitória em Portugal e também no Pipe Masters do Havaí. No entanto, o único que poderia tirar a liderança de Gabriel Medina no ranking era Kelly Slater, se vencesse a etapa portuguesa do WCT.

"Estou muito triste com este resultado, mas ainda bem que o Kelly (Slater) perdeu também", disse Gabriel Medina. "Eu estava pronto para ganhar o título aqui, mas agora já estou focado no Havaí. Estou feliz que ainda estou na corrida pelo título e por não depender dos outros concorrentes, depende de mim mesmo. Eu ainda não sei o que preciso fazer lá no Havaí, mas vou me preparar e treinar para estar pronto para o campeonato".

O fenômeno de Maresias continua dependendo somente dele mesmo para trazer o primeiro caneco de campeão mundial para o Brasil neste ano. O Billabong Pipe Masters é a única etapa que utiliza um formato diferente para incluir mais surfistas do Havaí e convidados dos organizadores. Eles são divididos na primeira fase com os últimos colocados do ranking. Os que passarem, enfrentam os tops que ocupam da 13.a 24.a posição no WCT na segunda fase. E os doze primeiros do ranking, ou seja, os concorrentes ao título mundial, entram direto na terceira fase da competição. Com isso, se venceram uma bateria já estarão na rodada das duas chances de classificação para as quartas de final.

Então, se Gabriel Medina ganhar o seu primeiro desafio em Banzai Pipeline, já tira Kelly Slater da briga do título. Isto porque o brasileiro troca os 1.750 pontos do 13.o lugar em Portugal por 4.000 do nono no Havaí e atinge 58.880 pontos no ranking, enquanto o máximo que Slater consegue com a vitória no Pipe Masters é 58.300 pontos. Além disso, caso Medina seja derrotado na terceira fase e permaneça com 56.550 pontos como aconteceu em Portugal, o onze vezes campeão mundial ainda necessita da vitória no Havaí para superar o brasileiro. Esta é a situação atual dos dois concorrentes que estão 100% confirmados para brigar pelo título no Billabong Pipe Masters.

Ajuda dos brasileiros - Os outros três ainda precisam avançar em Portugal para terem chances matemáticas na última etapa da temporada. E Gabriel Medina pode receber a ajuda dos brasileiros da elite mundial que ainda continuam vivos na disputa do título do Rip Curl Pro. O australiano Mick Fanning tem que chegar nas quartas de final e o seu próximo adversário é o catarinense Alejo Muniz na bateria que vai fechar a terceira fase. No domingo foi realizada até a décima e ficaram duas para abrir a segunda-feira. A outra é a do também brasileiro Filipe Toledo com o norte-americano Kolohe Andino.

Os vencedores destes duelos se enfrentarão nos confrontos de três competidores da quarta fase, quando a vitória vale classificação direta para as quartas de final e os perdedores têm uma segunda chance na repescagem. Enquanto Filipe e Alejo estão na chave de baixo, que vai apontar o segundo finalista do Moche Rip Curl Pro, Adriano de Souza está na de cima com outro concorrente de Gabriel Medina, John John Florence. Os dois certamente se encontrarão antes da grande final, que é a meta do havaiano para poder brigar pelo título mundial em Pipeline.

Mineirinho derrotou o potiguar Jadson André na terceira fase e já foi campeão em Supertubos numa final eletrizante contra Kelly Slater em 2011. Ele vai disputar a segunda vaga direta para as quartas de final com o australiano Bede Durbidge e o algoz de Medina, Brett Simpson. Já o havaiano John John Florence está na primeira bateria da quarta fase, com o sul-africano Jordy Smith e o australiano Adam Melling, que tirou o compatriota Joel Parkinson da corrida do título mundial em Portugal.

Derrotas dos líderes - Esta foi a primeira surpresa do dia. A segunda foi a derrota de Gabriel Medina para Brett Simpson. O norte-americano achou um belo tubo nas direitas de Supertubos logo no início da bateria e a nota 7,33 desta onda acabou sendo decisiva no resultado. Medina ficou tentando as esquerdas, que fechavam mais rápido. Ele ainda conseguiu sair de alguns, mas as maiores notas que recebeu foram 5,33 e 6,73, com Simpson confirmando a vitória com o 5,17 da sua última onda. Medina saiu da bateria quando restavam 2 minutos para o término e o placar foi encerrado em 12,50 a 12,06 pontos.

As condições do mar continuaram difíceis no duelo seguinte e Kelly Slater praticamente não conseguiu surfar nada, somando notas 4,17 e 2,13 contra 7,50 e 4,50 das únicas que o espanhol Aritz Aranburu pegou durante toda a bateria. O Brasil voltou ao mar com Miguel Pupo, que achou um tubaço nota 8,77, mas também perdeu por pouco para o australiano Josh Kerr, 13,27 a 13,07 pontos.

Na sequência, o taitiano Michel Bourez manteve as esperanças de continuar brigando pelo título mundial contra o havaiano Sebastian Zietz, mas Taj Burrow saiu da briga na brilhante apresentação do atual campeão do Moche Rip Curl Pro, Kai Otton, que totalizou 18,20 pontos com notas 9,37 e 8,83 nos dois tubos que surfou na última bateria do domingo em Supertubos.

O Moche Rip Curl Pro Portugal está sendo transmitido ao vivo na internet pelo www.aspworldtour.com e o link também pode ser acessado através do www.aspsouthamerica.com clicando-se no banner do evento na capa da página da ASP South America.

Quarta fase do moche rip curl pro -Vitória=Quartas de Final / 2.o e 3.o=Repescagem:
1.a: John John Florence (HAV), Jordy Smith (AFR), Adam Melling (AUS)
2.a: Adriano de Souza (BRA), Bede Durbidge (AUS), Brett Simpson (EUA)
3.a: Michel Bourez (TAH), Josh Kerr (AUS), Aritz Aranburu (ESP)
4.a: Kai Otton (AUS), vencedores da 11.a e 12.a baterias da Terceira Fase

Terceira fase - Derrota=13.o lugar com US$ 9.500 e 1.750 pontos:
1.a: Adam Melling (AUS) 11.66 x 7.93 Joel Parkinson (AUS)
2.a: Jordy Smith (AFR) 15.83 x 8.83 Fredrick Patacchia (HAV)
3.a: John John Florence (HAV) 18.77 x 13.27 Dion Atkinson (AUS)
4.a: Adriano de Souza (BRA) 11.07 x 6.67 Jadson André (BRA)
5.a: Bede Durbidge (AUS) 10.90 x 2.83 Owen Wright (AUS)
6.a: Brett Simpson (EUA) 12.50 x 12.06 Gabriel Medina (BRA)
7.a: Aritz Aranburu (ESP) 12.00 x 6.30 Kelly Slater (EUA)
8.a: Josh Kerr (AUS) 13.27 x 13.07 Miguel Pupo (BRA)
9.a: Michel Bourez (TAH) 15.10 x 11.50 Sebastian Zietz (HAV)
10: Kai Otton (AUS) 18.20 x 6.00 Taj Burrow (AUS)
------ficaram para abrir a segunda-feira:
11: Kolohe Andino (EUA) x Filipe Toledo (BRA)
12: Mick Fanning (AUS) x Alejo Muniz (BRA)

Segunda fase - repescagem - Vitória=Terceira Fase / Derrota=25.o lugar com US$ 8.000 e 500 pontos:
1.a: Mick Fanning (AUS) 17.93 x 7.43 Jacob Willcox (AUS)
2.a: John John Florence (HAV) 11.67 x 9.66 Nic Von Rupp (PRT)
3.a: Michel Bourez (TAH) 5.80 x 5.27 Raoni Monteiro (BRA)
4.a: Kolohe Andino (EUA) 10.77 x 8.83 Jeremy Flores (FRA)
5.a: Brett Simpson (EUA) 13.87 x 13.43 Nat Young (EUA)
6.a: Bede Durbidge (AUS) 8.74 x 2.67 Travis Logie (AFR)
7.a: Aritz Aranburu (ESP) 9.17 x 1.70 Adrian Buchan (AUS)
8.a: Alejo Muniz (BRA) 8.23 x 7.83 Julian Wilson (AUS)
9.a: Fredrick Patacchia (HAV) 9.33 x 5.87 Mitch Crews (AUS)
10: Adam Melling (AUS) x w.o contusão C. J. Hobgood (EUA)
11: Dion Atkinson (AUS) 13.20 x 11.00 Matt Wilkinson (AUS)
12: Kai Otton (AUS) 12.50 x 6.90 Tiago Pires (PRT)



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