Após
recuperação no Centro de Reabilitação do Instituto Argonauta em Ubatuba, animal
encontrado por funcionários do Parque Estadual da Ilha Anchieta retorna ao meio
ambiente.
O animal curado das lesões retorna ao meio ambiente. |
Colaboração
de texto e foto: Hugo Gallo Neto/Instituto Argonauta
No
dia 13 de junho de 2018, funcionários do Parque Estadual da Ilha Anchieta
(PEIA) acionaram o Instituto Argonauta para resgatar um ilustre visitante. Um jovem
Albatroz-de-sobrancelha (Thalassarche melanophris) foi encontrado no gramado do
pátio do presídio histórico do parque, com ferimentos na pata direita. Ele foi
levado para o Píer do Saco da Ribeira, e entregue aos cuidados da equipe de
reabilitação do Instituto Argonauta.
Foram realizados exames e a ave demonstrou condições para liberação. |
Foram
realizados exames de sangue e radiografias para o acompanhamento das lesões da
pata. “A ave já demonstrou condições para liberação e realizamos um treino de
voo na Praia da Fazenda”, conta Pedro Bruno, veterinário responsável pela
equipe de reabilitação. “A espécie é ameaçada por sua interação com a pesca.
São comumente capturados quando tentam comer as iscas dos espinhéis, ficam
presos nos anzóis e morrem afogados”, explica Hugo Gallo, oceanógrafo e
Presidente do Instituto Argonauta, “O que nos deixa muito felizes quando
conseguimos reabilitar e soltar esses animais”, completa Gallo.
A
soltura foi realizada um mês após a captura, na praia da Enseada, em Ubatuba. A
equipe do Instituto Argonauta orienta que ao encontrar um animal marinho
debilitado, o ideal é não se aproximar, pois, dependendo da espécie, o mesmo
pode se tornar agressivo caso se sinta ameaçado. Deve-se ligar para 08006423341
ou diretamente para o telefone do Instituto Argonauta (12) 3833-4863 ou (12)
3834-1382, ou pelo WhatsApp 12 99705-6506.
A soltura foi realizada na praia da Enseada, em Ubatuba. |
Sobre o Instituto
Argonauta
O
Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha é uma organização não
governamental sem fins lucrativos fundada em 1998 pela diretoria do Aquário de
Ubatuba e atua em projetos de resgate e reabilitação da fauna marinha, educação
ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, além de executar o Projeto de
Monitoramento de Praias (PMP-BS) no litoral norte de São Paulo.
Sobre o PMP-BS
O
Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade
desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental
federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás
natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. Esse projeto
tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e
escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através
do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e
necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é coordenado pela Univali,
e executado pelo Instituto Argonauta na região do litoral norte paulista.
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