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quarta-feira, 1 de julho de 2015

João Renato chega ao topo da canoagem nacional

Remador conquista título brasileiro de canoa havaiana em prova realizada em Niterói, no Rio de Janeiro.

João Renato Moura conquista título brasileiro de canoa havaiana.
Colaboração de texto: Nancy Geringer
Colaboração de foto: Gilmar de Oliveira/Cláudio Tanaka

O paulista radicado em São Vicente, João Renato Moura conquistou no último fim de semana o título brasileiro de canoa havaiana na categoria Master, após vencer a quarta e última etapa da temporada, em Niterói (RJ). No total, foram cerca de 17 quilômetros durante quase duas horas de remada. Os atletas largaram na praia de São Francisco, contornaram a Baía de Guanabara e passaram pela ilha do Careca retornando ao ponto de largada com duas voltas de percurso.

Foi a primeira vez de João Renato em Niterói. “Eu não conhecia o lugar. Tive que trabalhar bastante a técnica da remada, pois em um determinado trecho  encaramos o vento contra. Não foi fácil, mas consegui fazer a canoa andar bem e mantive a liderança de ponta a ponta”, revela Moura.

Ele acumulou duas vitórias e dois vices durante seu ano de estreia no circuito brasileiro. Antes, obteve títulos em provas disputadas no litoral paulista. “Chegar ao topo do ranking brasileiro é novidade. Nunca estive na situação de disputar um título nacional e procurei não pensar muito para chegar lá (em Niterói) e remar bem. Essa era minha pretensão. Entrei no circuito para adquirir mais vivência como esportista e estou muito feliz com o resultado”, analisa o atleta.

A última etapa foi em Niterói.
Para ele, seu principal adversário foi o santista Jeff Guerra, um dos destaques da modalidade. “Ele tem uma bagagem boa no mundo da canoa e venceu a prova que circunda a ilha de Santo Amaro (78 km remando solo). Só de disputar o título com esse cara já foi uma grande vitória”, destaca.

Durante o ano, Moura superou também uma lesão na coluna cervical para chegar ao topo do ranking. “Esta foi a parte tensa, pois alguns médicos consideraram a lesão grave e cogitaram me operar. Mas, felizmente consegui reverter com muita fisioterapia, além de mudar hábitos de treinamento. Corrida, por exemplo, ficou de fora e optei por cardio-respiratório diferenciado”.

Técnico da equipe brasileira de triatlon, Wagner Spadotto foi peça fundamental para a conquista deste título. “Ele montou as planilhas de treinamento físico, e intercalei com surf e pedal. Fez toda a diferença”.

Agora, o foco de João Renato é a disputa do campeonato sul-americano em Santos. “Consegui minha vaga e estou super empolgado, quero treinar mais e fazer uma preparação voltada para esta única prova (prevista para acontecer em novembro)”, revela.

Relativamente novo na canoagem, Moura inspira-se em dois nomes de destaque: Celso Filet, remador excelente que está sempre entre os primeiros da Grand Master e chega junto na Open, bem como Rogério Mendes, outro remador que está há pouco tempo, mas anda muito bem. "Esses dois me instigam muito a melhorar”.

Multi-esportista -  Nos últimos anos, João Renato firmou-se também como um dos grandes nomes do esporte na categoria stand up paddle, modalidade que não pára de crescer em todo mundo. Esportista desde a infância, sua relação com o surf teve início em 1997. Dez anos depois, ficou curioso ao se deparar com um amigo remando em pé, conheceu o stand up e nunca mais parou de remar. Quatro anos depois iniciou no circuito brasileiro profissionalmente e hoje em dia acumula temporadas havaianas na bagagem ao disputar as provas mais casca-grossas de travessia do mundo.

Também domina as modalidades de surf e longboard e chegou a competir no triatlon. Este mix formou um atleta polivalente. Todo o aprendizado de anos de dedicação ao esporte serviram de base para que ele aplicasse hoje em dia nas mais variadas provas que disputa pelo mundo. Completa seu perfil, a experiência como Educador Físico, altamente gabaritado em diversas áreas relacionadas à atividade física.

“O triatlon foi um ótimo professor, pois me deu perseverança para trabalhar da melhor forma possível em provas longas. Minha cabeça sabe que o meu corpo aguenta. O exercício funcional ajuda a aguentar a rotina de provas desgastantes”.

Educador físico de formação, especializado em fisiologia do exercício pela Escola Paulista de Medicina, e desenvolveu desde 2000 diversos trabalhos voltados para o surf, inclusive atuando como instrutor da equipe vicentina nos jogos regionais e do time brasileiro de sup em mundiais.

Apoio: Board House, Kialoa, Evoke e Mithus.



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