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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Receita cobra R$ 900 mil de impostos a Dunga

Além da suspeição de envolvimento em transação de jogadores, conforme matéria da ESPN repicada pelo jornal A TARDE desta sexta-feira (25), o técnico da seleção Dunga trava disputa milionária contra o governo brasileiro pela suspeita de não ter pago imposto sobre dinheiro movimentado no exterior.

Da redação
Foto: CFB

Segundo reportagens que estouram no em diversos sites de notícias, a Receita Federal cobra de Dunga o pagamento de pelo menos R$ 907 mil. O capitão do tetra já perdeu na instância interna da Receita e, em novembro de 2013, teve recurso rejeitado no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).

De acordo com o Carf, há indícios "veementes" de que Dunga usou operações financeiras inexistentes para pagar menos imposto. O valor cobrado pela Receita inclui o imposto não pago (R$ 325 mil), duas multas e juros. O cálculo de R$ 907 mil foi atualizado pela Receita até abril de 2007 –corrigido, passa de R$ 1,3 milhão. Dunga recorreu à segunda instância e pode ir à Justiça.

A operação suspeita envolve o recebimento de US$ 270 mil (R$ 599 mil) em 2002 em sua conta. Dunga tentou, sem sucesso, justificar o recebimento para que não entrasse na base de cálculo do imposto a ser cobrado.

Resposta

Dunga rechaçou a autuação da Receita, disse que não deve imposto e afirmou que tomará medidas judiciais por quebra de sigilo bancário e fiscal. "Se o senhor veicular o que afirma que fará, é ótimo, pois, assim, poderei ingressar em juízo pelo dano moral e patrimonial", escreveu Dunga. As informações obtidas pela reportagem constam de decisão pública do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda.

"Fossem [meus] argumentos ou provas irreais e/ou ilícitas, à época, teria sido instalado pelo Ministério Público procedimento penal para punir-me", disse o técnico da seleção brasileira. Em nota de 32 páginas enviada à reportagem, o treinador fala em "abuso de autoridade" da Receita Federal e "ânsia de punir". O treinador também afirma que "não há nenhuma simulação para sonegar rendimentos".

No recurso levado ao Carf a defesa de Dunga afirma que valores foram movimentados pela pessoa jurídica do atleta e, por isso, não deveriam entrar no imposto de renda da pessoa física. Esse foi o caso do dinheiro movimentado na offshore uruguaia Lespan. Sobre o empréstimo, Dunga afirmou que não deveria contar para o cálculo do imposto porque não gerou acréscimo patrimonial.

Ele diz ainda que os recibos em português eram uma tradução e que foi obrigado pelo clube japonês a emprestar o dinheiro sem juros. O Júbilo Iwata e a Image Promotion Company, empresa envolvida na triangulação e que detinha os direitos de imagem do então atleta da seleção brasileira, não responderam. A Receita não comenta casos de contribuintes.


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