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segunda-feira, 28 de julho de 2014

O Surf tem o cara certo, no lugar certo é só botar para baixo

Com apoio da situação e do presidente da Confederação Brasileira de Surf, o empresário Carlos Abdalla, 40 anos, foi eleito no dia 22 de julho, o novo presidente da Federação Baiana de Surf (FBS).

Da redação com informações e fotos do Surf Bahia

Militando há quase duas décadas em diversos setores do surf, Abdalla tem diversos serviços prestados à própria Federação e também a entidades como a Associação Brasileira de Longboard (ABL) e Associação Nordestina de Surf (ANS), onde exerce a função de tour manager. Também já trabalhou em muitos eventos da Confederação Brasileira de Surf (CBS).

Como em nenhum momento antes na História do esporte no Estado, o Surf baiano tem a pessoa no lugar certo, na hora certa. Sem dúvidas, Carlos Abdalla é a pessoa que mais entende de surf competição no Estado, seus caminhos e seus caixotes e seus caldos. Agora é só o dirigente tomar acento na cadeira mais importante do surf no Estado e botar para baixo a sua administração.

Para marcar o início do seu mandato, depois de uma eleição que se arrastou por mais de sete meses e com diversas denúncias de irregularidades, Abdalla ignorou o "choro" dos perdedores e fez um "pronunciamento" no site Surf Bahia, o veículo oficial da Federação Baiana de Surf.

Veja o que o presidente falou no Surf Bahia:

O novo presidente da FBS é também empresário no ramo de confecção, e avisa: "Não pretendo ganhar dinheiro com o esporte, nem quero. Tenho a minha vida estabilizada e por isso, antes de mais nada, quero deixar claro. Sempre vemos as pessoas falando que fulano tem aquilo porque roubou o surf, comprou aquilo com o dinheiro público. Tudo o que tenho é graças ao sucesso das minhas empresas e não quero nenhum dinheiro do surf".

Nesta entrevista ao SurfBahia, Carlos Abdalla fala sobre os seus planos como presidente e também sobre o processo de eleição da FBS.

Como presidente eleito, qual será seu primeiro passo à frente da FBS?
Primeiramente reorganizar tudo para 2015. Já demos o primeiro, que é promover a primeira etapa do Estadual em setembro, e isso já é um grande  passo em uma época de eleições e crise no mercado.



O surf profissional no Estado vive um declínio há alguns anos com poucos eventos e sem um Circuito forte e competitivo. Como enxerga esse quadro atual e quais as medidas para retomar o Circuito Baiano Profissional?

O surf está em declínio em todo o país, não só a Bahia. As pessoas têm a mania de dizer que “só” aqui na Bahia acontece isto, e sabemos que a crise está no Brasil inteiro. Temos que conversar muito para poder dar uma diretriz a um evento profissional ou Pro / Am.

Notamos um hiato entre as gerações de competidores na Bahia e talvez isso seja reflexo da falta de investimentos nas categorias amadoras e em uma equipe na disputa do Brasileiro Amador. Quais os planos para formar novos talentos e um time forte para brigar pelo título do Brasileiro Amador?

Excelente pergunta. Em nossa gestão, fizemos muitas etapas do circuito amador, facilitando e muito para que todas as associações ou produtores de evento fizessem estas etapas, pois o atleta não precisa de “megas” palanques, e sim de premiação. Ele precisa de eventos para ficar afiado e fazer bonito no circuito brasileiro de surf amador e outros eventos fora do estado. Sou contra cobrar “taxa” de filiação a entidades que já não têm como sobreviver, fazendo com que as poucas que promoviam eventos não demonstrassem mais a vontade de realizar algo. 



Antes das eleições, notou-se um certo conflito entre algumas associações de surf do Estado. Qual sua posição diante dessas controvérsias e como será sua relação com as outras associações?

Uma associação tem o direito de exigir algo desde que promova algo em prol de seus associados. Visualizava entidades que não fazem mais nada há muito tempo querendo votar porque já têm muito tempo de “fundada”. Isto é injusto com aquela que, independente do ano em que foi criada, faz algo para o esporte. Todas as entidades serão bem vindas e convidadas a realizar seus eventos para seus associados.

Sua gestão será de 4 anos à frente da entidade. Como o senhor gostaria de ver a FBS em 2018?

Com um circuito sólido, forte em todas as categorias, com atletas representando o estado como ele merece ser representado!!



No fórum da reportagem sobre a eleição e pelos comentários nas redes sociais, muitos internautas questionaram as chapas concorrentes e a grande maioria não acredita na melhoria da FBS. Como vê essa descrença por parte dos surfistas baianos?

As chapas foram criadas por pessoas que poderiam assumir a Federação, porém os internautas não sabem que muitas associações “apareceram” e queriam a qualquer custo votar, o que já era de se estranhar... Foram criadas “regras” para que elas pudessem votar e a novela durou 7 meses, com todos os presentes em cada reunião concordando com tudo. Quando chegava a época em que já era para votar, mais uma vez se dava uma nova chance, e aí vimos no que deu. O surf esta caótico no país como um todo. Isto não acontece somente na Bahia, mas estaremos trabalhando para alavancar o esporte. Hoje temos a CBS na Bahia e temos que trabalhar alinhados com a Confederação para que em um futuro próximo possamos revelar novos campeões .

Na sua opinião, o Circuito Baiano Amador deve ser separado ou junto do Profissional? Qual a premiação mínima da Pro que pretende distribuir?

Vejo que o circuito amador poderia ser junto, porém extiguindo a categoria “Open” e criando a categoria Pro / Am. Com a inclusão desta categoria e a exclusão da Open, todas as associações poderiam fazer o mesmo. Não posso prometer nada com a categoria Profissional, pois é muito cedo e qualquer promessa hoje seria uma mentira.

O objetivo é promover etapas do Circuito em lugares mais tradicionais, como Jaguaribe, Stella, Olivença, Itacaré, ou passar também por praias menos badaladas?

Os atletas lembram que sempre em janeiro abríamos o Amador em Canavieiras, um evento simples, porém já era um treino para todos. Fizemos Estadual em Belmonte. Veja bem, dois munícipios que fazem parte da Bahia e muitos não conhecem. Com toda certeza estes e outros estarão de volta em 2015, pois a Bahia vai da praia do Costa Azul, no norte, até a divisa com o Espírito Santo, no município de Mucuri.

Pretende desenvolver alguma ação durante o WQS Surf Eco Festival em Itacaré, como a FBS fez no ano passado, ou é contra promover etapas junto com outros grandes eventos?

Sou a favor de que todos os grandes eventos que chegam à Bahia façam algo em beneficio do Estado e de seus atletas. Se, por exemplo, temos uma estrutura montada com tudo e se há vontade de ambas as partes, para mim, quantos mais eventos para os atletas do Estado, melhor" falou o presidente ao Surf Bahia.

1 milhão em dois anos

Mais uma vez, o pronunciamento oficial do presidente gerou reações nas redes sociais. Uma das mais veementes foi o árbitro e dirigente de associação de surf,  
Jesuino Ferreira que, no sábado (26) aproveitou a eleição da nova diretoria da Federação Baiana de Surf para fomentar o Controle Social na comunidade do surf de competição, ou seja, a participação dos surfistas/atletas na fiscalização e aquisição de verbas públicas das entidades esportivas.

Pois, segundo o dirigente, com a alteração da Lei Pelé (Lei 9.615/1998), feita através da Medida Provisória 620 (promulgada pela presidente Dilma e está na Lei 12.868/2013), que restringe as reeleições, obriga transparência e garante à representação de atletas nas entidades que recebam, direta ou indiretamente, dinheiro público e, deste modo, a nova lei impõe maior transparência nos comandos das entidades esportivas brasileiras.

Para Ferreira, momento é de fiscalização. "Sim, agora, mais do que nunca, precisamos exercitar a nossa cidadania! Trago, como exemplo, a liberação de verba pública feita pelo Governo do Estado da Bahia, via Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia – SUDESB, para a Confederação Brasileira de Surf – CBS.
Cabe aqui um registro do papel social da SUDESB em apoiar, técnica e financeiramente, o esporte amador em nosso estado. Em 2014, a SUDESB repassou mais de meio milhão de reais para a CBS e, este ano, algo em torno de quinhentos mil reais (Termos de Convênios divulgados no Diário Oficial da Bahia/www.egba.ba.gov.br). No entanto, esse investimento do governo estadual, efetivamente, não proporcionou o desenvolvimento do surf baiano. Com tais recursos seria possível realizar competições estaduais cada vez melhores, incentivar a juventude à prática esportiva e revelar novos atletas. Porém, o que se viu nos últimos anos, foi ausência de competições válidas para o Circuito Baiano e de projetos de inclusão social. Nesse sentido, a partir de agora estaremos mobilizando os atletas baianos e as entidades filiadas a FBS, para agir de forma crítica e ativa na participação de decisões para o surf baiano e garantir que “todos os associados e filiados acesso irrestrito aos documentos e informações relativos à prestação de contas, bem como àqueles relacionados à gestão da respectiva entidade de administração do desporto, os quais deverão ser publicados na íntegra no sítio eletrônico desta (Lei 12.868/2013)." explica, Jesuino Ferreira.

Egba - Empresa Gráfica da Bahia
www.egba.ba.gov.br


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