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quarta-feira, 9 de julho de 2014

Finalista nos pênaltis e pelas mãos de Romero

Ao longo de mais de 120 minutos, sobrou cautela e tensão. Argentinos e holandeses criaram pouquíssimas chances de gol e, pouco a pouco, foram aceitando levar a decisão da vaga na final da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 para a decisão por pênaltis, após um empate sem gols.

Fonte e foto: FIFA.com/© Getty Images

E, então, quem mostrou que tinha razão em esperar tanto era Sergio Romero. O goleiro argentino defendeu duas cobranças – de Ron Vlaar e de Wesley Sneijder – e foi o grande responsável pelo fato de os argentinos retornarem à decisão de um Mundial após 24 anos. E, aliás, os adversários serão os mesmos daquela decisão na Itália, em 1990: a Alemanha.

Os dois se enfrentarão às 16h do domingo, dia 13, no Maracanã, na terceira vez em que esse confronto decidirá um campeão mundial. Já os holandeses viajam para Brasília, onde serão os adversários de uma Seleção Brasileira que ainda junta os cacos da hecatombe que foi a derrota para os alemães no Mineirão.

Tudo o que os primeiros 45 minutos da primeira semifinal, entre Brasil e Alemanha, tiveram de surreais, os de Argentina x Holanda tiveram de um típico jogo decisivo: muita organização, muita cautela e poucas oportunidades de lado a lado. A única chance de algo perigoso acontecer vinha de uma ou outra ação individual – mais especificamente, no caso, uma falta bem batida de cada lado. Sergio Romero agarrou a de Wesley Sneijder e Cillessen, a de Lionel Messi.

Quanto mais o tempo passava, parece que mais a cautela tomava conta dos dois lados. O segundo tempo foi todo de uma lentidão e um cuidado estarrecedores. A tensão toda só foi atingir um verdadeiro auge aos 45 minutos, quando um passe de primeira de Sneijder encontrou Robben na cara do gol – ou mais perto disso dentro de uma partida como essas. Na entrada da pequena área, o chute do jogador do Bayern de Munique foi travado por Javier Mascherano, naquela que, incrivelmente, foi a melhor chance da partida em seus 90 minutos.

Depois de uma exibição de prudência dessas por uma hora e meia, seria demais achar que, nos 30 da prorrogação, as coisas pudessem mudar muito. Os holandeses bem que se mostraram mais inteiros nos minutos finais do tempo regulamentar e no início do primeiro tempo da prorrogação, mas, aos poucos, os argentinos se encontraram, controlaram a posse de bola e chegaram a criar as melhores chances: a cinco minutos do final, num contra-ataque, Rodrigo Palacio apareceu cara a cara com Cillessen e optou por tentar cabecear por cima do goleiro, que agarrou facilmente; dois minutos depois, Messi fez uma tremenda jogada pela ponta direita e cruzou para Maxi Rodriguez, que não acertou em cheio.

Pois, então, o que restava era a decisão por pênaltis, a quarta deste Mundial, igualando o recorde de 1990 e 2006. Ao contrário do que acontecera nas quartas, diante da Costa Rica, Louis van Gaal não guardou uma substituição para colocar o goleiro reserva Tim Krul, herói da passagem à semi.

A vez de brilhar foi de um goleiro titular mesmo, mas dos argentinos. Romero defendeu a primeira cobrança, de Vlaar e a terceira, de Sneijder, enquanto seus companheiros foram impecáveis. O quarto pênalti, de Maxi Rodríguez, foi o que definiu a vitória por 4 a 2; até ela chorada: Cillessen tocou na bola, ela acertou o travessão e só assim entrou. Num jogo em que as duas equipes apostaram tanto em evitar erros e não se expor para buscar o gol, só podia mesmo ser assim.


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